Crianças do ensino infantil e fundamental de escolas apoiadas pelo programa Semear Leitores, desenvolvido pela Fundação Bunge, foram responsáveis por escrever, ilustrar e produzir livros artesanais. As obras foram lançadas para a comunidade escolar em feiras literárias e contaram até com filas para autógrafos. A ação fez parte do projeto “Para além das palavras, o livro como primeira obra de arte na infância”, desenvolvido nos espaços de leitura, localizados em sete estados e 15 municípios brasileiros.
Foto: divulgação
De acordo com Claudete Pereira, coordenadora de projetos da Fundação Bunge, o desafio posto às escolas e espaços de leitura participantes foi utilizar o acervo de livro infanto-juvenis enviado em 2022 como referência para as crianças pensarem em tipos de texto, formatos e ilustrações, sendo protagonistas de suas próprias histórias. “Trabalhar na produção completa de um livro com os alunos foi algo debatido e decidido com os mediadores do Semear Leitores espalhados pelo Brasil. Em 2022, o acervo enviado para os espaços teve uma curadoria voltada para temáticas com narrativas visuais, trazendo diversidade de artistas, países e formatos. Esse cuidado foi muito importante para a realização do projeto, que foi considerado um sucesso pelos professores, alunos e famílias”, afirma.
Alunos diversificam as histórias
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental São João Batista, em Rio Grande (RS), as turmas do quinto ano escolheram contar a história de uma mãe, que participou do Dia da Família, realizado na escola em agosto. As demais turmas prepararam livros a partir do acervo de livros encaminhado pela Fundação Bunge.
Já na Escola de Educação Básica Professora Angélica de Souza Costa, de Gaspar (SC), a poesia foi o estilo literário escolhido pelos alunos. As 11 turmas de Ensino Infantil e Fundamental I prepararam poemas, rimas e até mesmo músicas, totalmente ilustradas, com temas relacionados ao cuidado e aos sentimentos humanos.
“Nossa escola ficava em um morro em Gaspar e foi completamente destruída após um deslizamento de terra em 2008. A Fundação Bunge nos ajudou na reconstrução da escola e desde então fazemos parte do Semear Leitores, recebendo livros e desenvolvendo projetos de incentivo à leitura. Sou grande fã do projeto”, conta. O livro de poesias foi lançado pelos alunos em uma feira literária que contou com a participação de mais de 800 pessoas", conta Cristiane Seide, professora e mediadora do Semear Leitores.
Acervo aborda cultura e pluralidade
O acervo do Semear Leitores é recheado de títulos que ajudam a inserir práticas culturais no cotidiano da criança e trazem uma pluralidade importante com temas como imigração e refúgio, música, poesia, contos e folclore e biografias que apresentam às crianças grandes personalidades e despertam o interesse por várias áreas do conhecimento.
“A curadoria das obras leva em conta critérios como qualidade, diversidade de formatos, gênero, países, editoras e autores. Além de enviar os livros para os espaços fazemos todo um trabalho junto aos mediadores de leitura ao longo do ano. Isso é muito importante para desenvolvermos projetos consistentes e trabalharmos cada vez melhor com as crianças”, explica Celice Oliveira, consultora pedagógica do Semear Leitores e pedagoga, com especialização em livros e leituras para crianças e jovens.
Sobre o Semear Leitores
A Fundação Bunge - entidade social da Bunge no Brasil, há mais de 60 anos atua em diferentes frentes com o compromisso de valorizar pessoas e somar talentos para construir novos caminhos - criou o programa Semear Leitores em 2011 para estimular o contato das crianças com os livros de maneira prazerosa, incentivando, desta forma, a leitura e ampliação do universo cultural dos pequenos. Para isso, realiza parcerias com Secretarias de Educação e Instituições de municípios de nove estados onde o programa está presente (RS, SC, PR, SP, MG, TO, MT, PA e BA) para implantar espaços lúdicos e acolhedores, projetados especialmente para facilitar o acesso aos livros.
Um acervo inicial de cerca de 1.000 livros é doado para esses espaços, que recebem a cada ano 15 novos títulos, aproximadamente. Além disso, há a formação de mediadores de leitura (profissionais responsáveis por estimular o gosto pelos livros e pela leitura) e gestores das escolas e instituições onde o programa está presente.
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