crédito: Felipe Valim
A cantora e compositora Paula Mel está em fase final de fechamento do repertório para ser lançado no começo de janeiro de 2023. As canções foram criadas ao longo deste ano com a proposta de renovação e ampliação do seu estilo musical. Agora, a artista investe ainda mais em sua carreira, com o seu estilo que transita entre o rock, o samba e a nova MPB.
Paula Mel é nascida em Belém e com o marido, Marcos Sá, compositor e arranjador, já trabalha com música há uma década, intercalando temporadas entre EUA e Europa. Durante a pandemia decidiram morar em Florianópolis com os dois filhos, pensando em aliar o trabalho e a qualidade de vida da família.
Neste último ano, Paula intensificou a distribuição de músicas nas plataformas digitais de áudio e vídeo. A cantora tem posições bem definidas sobre a grande concorrência que tem que enfrentar, mas entende que existe público para todos. "Eu acho que há uma preocupação das gravadoras com o que vende mais facilmente e não o duradouro. Esse público que prefere música mais durável precisa ser reconquistado. Há tantos artistas excelentes com trabalhos muito bem produzidos, arranjos maravilhosos e que estão começando a aparecer. Talvez isso seja um bom sinal, de carência do público por boas letras e a preocupação real de fazer música de qualidade. O lado positivo do streaming é poder levar a sua música a lugares que você nem podia imaginar. Mas é preciso trabalhar duro e investir muito para fazer isso girar", analisa.
Sobre os planos para 2023, a artista conta que ela e o parceiro musical Marcos Sá desenvolvem a inspiração em temas que estão em pauta na atualidade.
O novo EP chega com quatro músicas compostas por Marcos Sá: "Te programando" fala sobre a manipulação da Internet; "Gostoso que faz mal" é uma brincadeira como o próprio título sugere; "Cobra Criada" é uma resposta àquelas pessoas que tentam nos puxar para baixo e "Sem você não dá", que fala do amor.
Foi ao longo de 2022 que a dupla se dedicou na produção das novas músicas, gravadas em estúdios de Florianópolis e que estão em processo final de mixagem por Zé Nigro, uma das maiores referências da música brasileira e mundial, que assina o álbum de Liniker, a primeira cantora trans da história a receber o Grammy Latino.
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